Eu não disse que seria fácil, e nem tampouco que não haveria dor, Mas eu sempre soube, que iria colorir cada passo meu, e de tão real, deixaria marcas pelo chão, de variadas cores e de tamanhos diferentes, para quem quisesse ver. Eu sempre soube que a dor ia me fazer quase desistir, como quase está fazendo mesmo, Mas o que eu não sabia, é que contrariaria meus planos, que a dor duraria bem menos, e que iam surgir sorrisos, e eu aprenderia a voar.
(Sabe, voar é bom, eu pude aprender que a liberdade só existe, pra quem consegue fechar os olhos, e aprender a levitar).
Então eu decidi que esse era o dia, esperei você chegar, e despejei todas as minhas magoas, não somente que você causara, e você me ouviu, com todas as letras eu disse: não-tô-feliz-quero-ir-embora!
Abri todas as janelas da cabeça de vento que eu tenho, todas as portas do peito, deixei essa ventania correr por dentro de mim, lavei de lágrimas todas as escadarias do meu corpo, rabisquei paredes..eu me me senti livre, parei atrás da porta, com todas as minhas loucuras, fechei os olhos, e voei, pedi a você que tirasse uma foto desse momento. e pensei: Não haverá algo parecido com isso nunca mais! Guarde essa lembrança de liberdade condicional.
Depois disso, cantei, e ri da minha própria dor, que não passava de uma piada interna, mas era uma coisa só minha, você não iria curar minha dor, e nem eu curaria, e nem queria.
Te pedi desculpas por todas as vezes que te fiz sangrar, todas as vezes que você não me bastou, pedi desesperadamente que não fosses embora, porque eu sabia, eu sabia que ficaria só se você fosse.
Você foi aquilo que fugiu dos meus planos, o desvio no meu caminho. E agora, eu não tenho saída, a não ser continuar, porque você faz parte dessa loucura toda.
Eu sinto falta de pessoas, mesmo que fossem de mentira, eu sempre quis essas mentira, eu gostava de fazer de conta que tinha amigos, e me dói, na realidade não dói, na realidade, nunca doeu, eu acreditei que era feliz, eu brinquei de faz-de-conta, e fui muito feliz, mas passou, essas pessoas foram viver cada uma os seus próprios "faz-de-conta".
Ri de novo da ironia do destino, da piada que ele fez comigo, como é que pode alguém ser tão feliz de mentira? Mas eu era testemunha, eu era também o réu, e o juiz, eu fui todos os lados da minha felicidade, e fantasiei que existiam pessoas além de mim ali, presenciando isso, mas eu fui feliz, eu acreditei em cada mentira que eu contei.
Eu descobri que existem três únicas verdades nessa historia desde que cheguei aqui, uma, é que tomei o caminho errado pra chegar aqui, outra verdade é que ainda me resta você, que felizmente eu posso tocar, e a ultima, sou eu, que vou continuar inventando pra viver.
Eu decidi que a partir de então, eu vou escrever minha própria história, e quem decide o que é verdade ou não, sou eu. Vou preencher as linhas todas, e entrelinhas, só não posso controlar quando é que o vento sopra pra virar a página.

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